A importância do preparador físico

O preparador físico no futebol brasileiro tem dado uma contribuição inestimável ao desenvolvimento desta modalidade desportiva em nosso país, particularmente a partir da década de 70, quando, no México, conquistamos pela terceira vez a Copa do Mundo, apresentando uma proposta de preparação física que, aos poucos, foi se tornando referência entre os profissionais da área.

Em várias oportunidades o preparador físico brasileiro tem demonstrado sua competência, justificando, desta forma, a influência que esta área tem exercido no contexto das ações integradas de uma comissão técnica; ações essas necessárias ao desenvolvimento de um trabalho que busca, em todo momento, o ótimo rendimento. Um exemplo mais ou menos recente é o que ocorreu na última Copa do Mundo, quando dois atletas, estrategicamente importantes para a conquista do pentacampeonato, Ronaldinho e Rivaldo, estavam numa situação bastante discutível para participarem da competição com o melhor de suas condições. A partir de uma aposta feita pelo treinador Luiz Felipe Scolari nos dois talentos, iniciou-se um trabalho integrado entre as áreas de medicina esportiva (médico-fisioterapeuta) e de preparação física, do qual se conseguiu extrair um resultado extraordinário, ou seja, a participação dos dois superatletas em condições de desenvolver um rendimento que, se não foi o máximo, foi suficiente para os objetivos que se tinha traçado: conquistar a Copa do Mundo pela quinta vez. E este é apenas um dos inúmeros exemplos de eficácia da preparação física aplicada de forma integrada com outras áreas técnicas.

Reconhecimento, já é hora, portanto, de se reconhecer o importante papel que este profissional tem exercido ao longo da história do futebol em nosso país. Tem sido ele, através de sua competência e influência dentro das diferentes comissões técnicas, que permite e facilita uma abordagem mais científica ao trabalho realizado nos diferentes clubes brasileiros e seleção nacional, valorizando a relação teoria-prática em busca do melhor rendimento possível. É bem verdade que em qualquer que seja a área do conhecimento científico existe, em seu interior, uma dinâmica que exige atualizações em todo momento. Neste sentido a própria preparação física, que tanto contribuiu para a hegemonia mundial do futebol brasileiro, já está carecendo reformulações (neste sentido sugerimos a leitura de 'Tendências da Preparação Física para o século 21' publicado na Cidade do Futebol). Contudo, deixar de reconhecer a importância do profissional desta área para as inúmeras conquistas que o futebol brasileiro tem alcançado ao longo das últimas décadas, significa, no mínimo, não querer enxergar o óbvio.Através da leitura do artigo de Medina, observa-se, a importância que é dada a tal cargo no futebol brasileiro e em Alagoas mais epécificamente.Talves devido a fatores históricos e futebolístico em nosso país, o cargo de preparador físico era e ainda é em alguns locais considerado secundário por parte de dirigentes de futebol.

Geralmente quando se faz a montagem de uma comissão, cargos como de preparador físico e preparador de goleiros são geralmente pensados depois que se contrata o técnico.Claro que com todo mérito, até porque o técnico é o grande responsável pelo andamento de uma equipe e merece ser valorizado, até mais do que se é em nosso futebol, cito exemplos como Felipão,Muricy Ramalho,Luxemburgo,Leão e Mano que com tempo para trabalhar conquistaram a credibilidade de todos militantes em futebol, quaquer que seja a área de atuação no desporto.Partindo desse princípio, e ao fazer uma análise quanto ao cargo de preparador físico, todos esses citados tem profissionais de grande qualidade na atuação de condicionamento físico, uns que acompanham seus treinadores como Mello e Luxemburgo e outros que se moldaram a estrutura do clube onde trabalha como Muricy e Carlinhos neves funcionário do São Paulo ja há algum tempo.

Em nosso estado é um pouco diferente, quando se contrata preparador físico e/ou preparador de goleiros não se observa qualidade e sim cargo, descartando qualidades e hitórico desses profissionais, geralmente o melhor é o mais barato e o pior muitas vezes se contrata sem nem saber se tal pessoa tem legalidade profissional para assumir tal função.

Todo processo relativo de formação de comissão técnica em equipes, deve ser bem analisado e administrado tanto pelo comandante da comissão,bem como pelos dirigentes de futebol, qualidade é o fator preponderante a ser observado.

Sendo mas direto, o que adianta formar um elenco qualitativo de R$50.000,00 mensais e uma comissão de R$ 5.000,00? Será que o barato não sairá caro? o que adianta ter bons atletas e uma comissão desqualificada pra comandar esse grupo? só porque os profissionais são baratos?Sabe-se, da dificuldade que é fazer futebol no Brasil, um futebol sem recursos, principalmente nos estados de pequeno e médio porte,venho desde já congratular todos os que militam com futebol em nosso estado, do mais nobre ajudante até a mais alta cúpula da federação alagoana de futebol, devido a ardua batalha que é organizar o desporto em nosso estado, ações que vem sendo bem feitas. Porém, bons profissionais procuram estudar, inovar, melhorar e o mais importante, estar em constante atualização.sendo que para isso precisa ser reconhecido tanto profissionalmente quanto financeiramente, para que o mesmo tenha recursos para crescer em sua carreira. no entanto não sendo valorizado, corre-se o risco de toda motivação para evoluir caia no esquecimento e na monotonia de sua atuação demotivada.Portanto valorize seus funcionários, ofereça condições para seu crescimento e observe que sua atuação provavelmente ira melhorar e por consequência o empregador terá um balanço positivo no que se refere a custo benefício.

" O barato pode sair caro"